Pra não dizer que não falei de devops – O caso Brasil Participativo

Prazo apertado, burocracia em órgãos governamentais, desconfiança sobre o potencial de um software livre e de uma empresa amazônida foram ingredientes para uma montanha-russa de emoções superadas com profissionalismo, bom humor, agilidade e puro suco de devops.

O governo federal através da Secretaria Nacional de Participação Social (SNPS) precisava desenvolver um sistema para dar suporte ao Plano Plurianual Participativo de 2023. Encontraram uma plataforma de código aberto chamada Decidim, desenvolvida em Ruby on Rails por uma comunidade de Barcelona, na Espanha. Mas haviam algumas questões devido o Decidim ainda não ter sido implantado em nível nacional, se ele escalaria para suportar a demanda de votação de propostas do governo e submissão com votação de propostas cidadãs.

Com a experiência na implantação do Tá Selado para a prefeitura de Belém e da Plantaformas para um projeto financiado pela organização internacional Hivos, nós da Nômade Tecnologias, fomos chamados para colocar no ar, em apenas dois meses, a maior instância de Decidim já implementada no mundo até o momento. Em conjunto com Dataprev, Serpro, Ministério da Gestão e Inovação (MGI), Universidade de Brasília (UnB) e outros entes, conseguimos montar um time de primeira linha para entregar a plataforma batizada de Brasil Participativo.

Pretendo narrar o caso envolvendo times remotos, metodologias, software livres, integrações entre sistemas e infraestruturas autônomas do governo federal. Não esquecendo das restrições, dificuldades e superações na quebra de silos, burocracias e protocolos, no bom estilo devops de ser.

Speaker

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Luiz Sanches


Envolvedor de sistemas e poeta de boteco